quarta-feira, 26 de agosto de 2009

BATE-BOCA

Trabalho coletivo

- Monalisa, você ficou sabendo do bate boca da Dona Ester com a vizinha dela?
- Não, sobre o que foi?
- Foi sobre o rendez vous da madrugada. Uma festinha particular que fizeram.
- Desta vez não ouvi nada. Nem o bate boca, nem o rendez vous. O que elas falaram?
- Falaram que o seu marido estava lá.
- Impossível! Eu estava com ele assistindo televisão e... Ah! Não... Estava com seu irmão gêmeo. Sempre os confundo.
- E agora, o que pretende fazer?
- Não sei, pois se for tirar satisfação com meu marido vou ter que falar o que fiz esta noite com o irmão dele. É melhor contar para ele que o irmão estava lá. Assim ele não poderá se entregar.
- Que rolo, menina. Você vai envolver toda a família nessa história. Vai ver você estava com o primo dos dois, isso sim. Chapada como devia estar, nem reparou que seu marido e seu cunhado tinham se mandado. Eu hein? Te vira.
- Me virar como? O que está feito está feito mas, pensando bem, o que os olhos não vêem o coração não sente. Acho que vou deixar tudo como está.
- Pôxa, mas não tem como tapar o sol com a peneira. Depois do feito, certamente haverá frutos a serem colhidos. E se não forem tão amargos, dá até para engolir, deitar e rolar.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Prémio Literário Hernâni Cidade

Modalidade:
Conto
Tema:
"Por favor, parem o Universo. Quero apear-me."

REGULAMENTO

1º - Podem concorrer a este prémio todas as pessoas que o desejem, desde que aceitem e cumpram o disposto neste regulamento.
2º - Na edição de 2009 a modalidade é: Conto
O tema é: "Por favor parem o Universo. Quero apear-me." (anónimo)
Elabore um texto a partir da citação.
3º - Cada participante só poderá concorrer com um único trabalho.
4º - Desse trabalho, que não deverá exceder três páginas, serão enviados cinco exemplares em papel formato A4, dactilografados, com espaço e meio de entrelinhamento e com caracteres de tamanho 12.
5º - O trabalho será subscrito com um pseudónimo e far-se-á acompanhar de um envelope fechado com a indicação exterior do pseudónimo e idade do concorrente. O envelope conterá obrigatoriamente a identificação do concorrente: nome completo, idade, morada com indicação do código postal e número telefónico para eventual contacto.
6º - O trabalho poderá ser entregue:
a) em mão na Biblioteca Municipal de Redondo
b) pelo correio para:
Biblioteca Municipal de Redondo
Prémio Literário Hernâni Cidade, 2009
Rua D. Arnilda e Eliezer Kamenezky, 43
7170-062 Redondo
c) por mail para premiolitrariohernanicidade@gmail.com desde que seja enviado em anexo (Word) assinado com pseudónimo e a identificação do concorrente seja enviada no mesmo mail em segundo anexo e cumpra as restantes cláusulas do regulamento.
7º - O prazo de recepção dos trabalhos termina em 9 de Outubro de 2009, findo o qual se procederá à sua apreciação e classificação por um Júri composto por cinco elementos de reconhecida idoneidade, aos quais será vedada a participação no concurso, e de cujas decisões não haverá recurso.
8º - Serão atribuídos:
a) Três prémios: 1º, 2º e 3º - a que correspondem, respectivamente, as importâncias de 750, 375 e 250 Euros.
b) Menções honrosas a outros trabalhos que se distingam em número a definir pelo Júri.
c) Prémio Especial Juventude - para o qual só serão tidos em consideração os trabalhos dos concorrentes com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos inclusive.
d) Diplomas de participação a todos os concorrentes.
9º - O júri poderá não atribuir qualquer dos prémios desde que considere haver falta de qualidade nos trabalhos apresentados.
10º - Os concorrentes premiados serão antecipadamente avisados dos resultados do concurso, sendo os prémios entregues em cerimónia a realizar no dia 21 de Novembro (Sábado), pelas 16 horas, no auditório do Centro Cultural de Redondo.
11º - A entidade organizadora reserva-se o direito de utilizar os trabalhos recebidos, quer expondo-os publicamente, quer publicando-os na imprensa nacional ou regional ou ainda proceder à sua encenação e representação em tempo oportuno.

Organização:
Município de Redondo
Apoios:
Junta de Freguesia de Redondo
Adega Cooperativa de Redondo
Millennium bcp

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A VINGANÇA DA ENTEADA

Ttrabalho coletivo


─ Porque você, uma menina tão bonita, fala esses palavrões? Essa situação está me deixando tensa...
─ Que se dane, Dona Tânia, liberdade não é só uma calça jeans desbotada não. Também é falar o que se quer.
─ Mas é que você emprega mal os termos. Irrita-me mais a falta de concordância do que os termos chulos que você usa.
_ A senhora não sabe o que quer. Uma hora se queixa dos meus palavrões, depois do meu português. Que se dane a senhora!
─ Muito bem, eu quero mesmo te incomodar para que você deixe a casa de seu pai, ou melhor, a minha casa.
_ Ao contrário, quem vai sair é você. Se quiser, te ajudo a fazer as malas, afinal, 14 ligações perdidas do “macaquinho” no seu celular vão deixar papai bem contente!
─ Pu-ti-nha! Você pretende contar tudo ao seu pai?
─ Sim pretendo.
─ Está bem. Não conte nada a ele, eu vou arrumar minhas coisas e vou embora!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

BATE BOCA – 1

TRABALHO COLETIVO DO LABORATÓRIO DO ESCRITOR

- Tá bom, tá bom, já entendi tudo. Férias conjugais, é isso que você quer? Assim será...
- Não é bem assim, querida, mas cá entre nós, e que ninguém nos ouça, eu ando meio de saco cheio das suas manias.
- Você está ficando muito sistemático. Não vou tolerar isto por muito tempo. Sugiro você passar uns dias na casa de sua mãe. Assim ela lava, passa e faz suas comidinhas prediletas. Para mim serão férias mais que merecidas.
- Você não entendeu mesmo. Não quero discutir. Só quero férias conjugais. Agora.
- Ok, então eu posso passar as minhas férias na casa do meu amigo.
- Amsterdã sempre me pareceu um lugar ótimo para relaxar. Minha mamãe adora, querida.
- Sua mãe é mesmo saidinha. Na idade dela deveria gostar de Caldas Novas e não Amsterdã.
- Você está fugindo do assunto.
- Não estou não. Se você quer ir para Amsterdã então vai. Eu vou sumir nos próximos dez dias e nos falamos na volta.
- Então ficamos assim. Você embarca para Amsterdã e eu para Paris. Aproveito para umas comprinhas com seu cartão de crédito.
- Ok, fechado. Nos encontramos em Londres, então. Como é mesmo o nome daquele PUB em que nos conhecemos, meu bem?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MISERÊ

Por Antonio Taveira

- Que miserê heim patrão!

As palavras chegaram como crítica ácida. O café da manhã para comemorar a conclusão daquela etapa da obra poderia não ter acontecido, mas achou interessante unir os operários e agradecer a todos pelo sucesso. Seria uma coisa simples: sanduíches de presunto e queijo, algumas bolachas doces e salgadas, um bolo de chocolate, sucos, leite e café, um bom cardápio para a reunião. Não achou necessário contratar um bufê para isso.

Nesse momento, sua memória o levou a um passado distante, recém chegado ao Brasil ainda menor de idade, vindo sozinho de Portugal, filho caçula de uma grande família. A vontade de ter uma vida melhor e vencer em novas terras eram seu motor propulsor. Ah..., se naquele tempo tivesse um pouquinho da fartura daquela mesa. Quantas vezes passou fome ou comeu apenas um pãozinho seco durante o dia.

O início, sem qualificação, era feito de um bico aqui, um bico ali, até conseguir uma vaga como garçom, onde o problema da comida pelo menos estava resolvido. Mas a garra e a visão estavam no seu caminho. Queria ser patrão e trabalhou para isso. E quando a oportunidade bateu à sua porta, não deixou escapar. O dono, um senhor idoso e já cansado de tanto trabalhar, lhe ofereceu a venda do restaurante em condições de pai para filho. Aceitou de imediato. E trabalhou mais ainda.

Em uma viagem ao interior, o destino lhe prepararia uma surpresa. Naquela pensão, conheceu uma jovem muito bonita. A paixão se transformou em amor e o casamento selou essa união. As responsabilidades aumentaram e os filhos vieram. Três. Como fazer para criá-los com dignidade e boa instrução, para não passarem as agruras que ele passou no início da vida?

Nada tinha sido fácil. De restaurante para estacionamento, para outros negócios, até entrar no ramo da construção, construindo casas, sobrados e pequenos prédios. Como dedicação e trabalho são sinônimos de sucesso, sua empresa se transformou em uma grande construtora onde emprega várias pessoas. Resumindo: numa confortável situação financeira.

Os filhos receberam uma boa educação, se formaram e hoje caminham com as próprias pernas. Estão casados, presentearam-no com vários netos, que ele adora e enche de mimos junto com sua esposa.

Como num flash, tudo isso passou por sua cabeça, e pensou: - Acho que essa pessoa nunca passou necessidade na vida e não dá valor às coisas que recebe.

- Tem razão! – respondeu - Quem sabe no final da próxima etapa, trabalhando com mais eficiência, consigamos que nosso café da manhã não seja tão misere quanto este.

RESSACA

Por Antonio Taveira

Os Institutos de Meteorologia já haviam previsto: nos próximos dias haveria uma forte ressaca nas praias de Santos e São Vicente. Que aos olhos de todos transformou-se em um magnífico espetáculo de alegria para uns e tristeza para outros.

RESSACA é, originalmente, o movimento anormal das ondas do mar sobre si mesmas na área de arrebentação, causada por rápidas e violentas mudanças climáticas.

Apesar de nossas praias estarem dentro de uma baía, a maré veio com muita força. Na Ponta da Praia, as paredes dos calçadões foram reforçadas com mais pedras e não se fez mais estragos como no passado não muito distante. Como temos uma faixa de areia muita larga, da Ponta da Praia à Praia do Itararé, as fortes ondas puderam bater à vontade, formando grandes sulcos que demoraram alguns dias para sumir, para azar dos jogadores de tamboréu e de minitênis que não tinham areia suficiente para armar suas redes.

A nossa encantadora Ilha Porchat assistiu a todo esse espetáculo com (não usar virgula entre o sujeito e o verbo, eis uma regra) visão privilegiada, do lado de São Vicente e Santos, observando surfistas que, atraídos pelas enormes ondas, desafiavam-nas com suas pranchas de vários tamanhos e seus movimentos radicais, transformando essas praias em um enorme formigueiro colorido.

Do outro lado, as fortes ondas sem espaço nas areias para se espreguiçar, batiam fortemente contra o calçadão da praia do Gonzaguinha, proporcionando nuvens de espuma e fazendo correr quem por ali passava. A tristeza ficou logo mais à frente, no longo deck do pescador, que frágil perante a força das ondas, acabou destruído. Desolados, os pescadores não acreditavam no que acontecera com seu local de diversão.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PRÉMIO LITERÁRIO PAUL HARRIS – 2009

REGULAMENTO

O Rotary Club de Faro instituiu o Prémio Literário Paul Harris, a conceder anualmente, e tem por objectivo homenagear o criador de Rotary International (o maior movimento não governamental do mundo), em Chicago, em 1905, e também incentivar a produção literária, contribuindo assim para a defesa e enriquecimento da Língua Portuguesa.

1. Ao Prémio Literário Paul Harris podem concorrer obras inéditas e obrigatoriamente escritas em língua portuguesa, desde que os autores não pertençam à organização do concurso nem ao seu júri.

2. O Prémio é atribuído no género Narrativa (romance, novela ou colectânea de contos), sendo o seu valor de 1.500 € (mil e quinhentos euros), utilizado na edição da obra, valor que integra os direitos de autor correspondentes à primeira edição da respectiva obra, que será da responsabilidade do Rotary Club de Faro.

2.1. O autor terá direito a 50 exemplares da obra, podendo, se o desejar, adquirir mais exemplares, junto da editora, com 40% de desconto sobre o preço de capa.

2.2. Quando esgotada esta edição, o autor é livre de fazer outras por sua conta.

2.3. Aos autores premiados, seja em que modalidade for, não poderão ser atribuídos novos prémios, sem que tenha decorrido um intervalo de 5 anos.

2.4. O Prémio não poderá ser atribuído “ex-aequo”, mas pode haver Menções Honrosas, recebendo os respectivos autores um diploma.

3. De cada obra os concorrentes enviarão 4 (quatro) exemplares, em formato A4, margens superior, inferior, esquerda e direita de 2,5 cm, e tipo dos caracteres em «Times New Romam-12», a espaço e meio, com um mínimo de 200.000 e o máximo de 300.000 caracteres (incluindo espaços), com as folhas ligadas entre si, de forma permanente, com o número de página e o pseudónimo na parte superior direita de cada uma e com uma capa onde conste unicamente o pseudónimo e o título da obra.

3.1. Quando um concorrente apresente mais que um trabalho, deverá entregá-los ou remetê-los em separado, subscritos por pseudónimos diferentes.

3.2. Os trabalhos serão acompanhados de um envelope lacrado (ou com fita gomada), opaco, com a identificação do autor no interior (nome completo, nome artístico – facultativo, – morada, telefone e e-mail - se tiver), e, no exterior, o pseudónimo e o título da obra.

3.3. Os trabalhos serão obrigatoriamente enviados pelo correio, até ao dia 21 de Agosto de 2009 (data dos Correios), para:

Prémio Literário Paul Harris – 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

VIII Concurso Literário Faccat

VIII CONCURSO LITERÁRIO FACCAT - JORNAL PANORAMA - CONTOS, CRÔNICAS E POEMAS 2009

TEMA: SUSPENSE, TERROR, MISTÉRIO, ASSOMBRAÇÃO

Em 2009, estão sendo comemorados os 200 anos do nascimento de Edgar Allan Poe. A obra
desse poeta, contista e crítico segue conquistando leitores, inspirando escritores, cineastas e outros artistas, instigando psicólogos e teóricos literários com os mistérios de sua escrita e de sua vida, de seu gênio, de seus textos extravagantes – muitos dos quais impregnados de uma atmosfera sobrenatural jamais igualada. Sua obra destaca acontecimentos e imagens que arrepiam até hoje, em histórias classificadas como de mistério, de horror, sobrenatural.

Homenageando os duzentos anos de tão influente escritor, o Concurso Literário FACCAT/Jornal Panorama deste ano adota como tema o outro lado da realidade, o lado que normalmente não enxergamos, a porta que tememos abrir, o que chamamos de irracional, de inexplicável, de extraordinário. Escreva seu texto fantástico, fictício ou verídico! Arrepie-nos, tire-nos o sono com as coisas perturbadoras que habitam as profundezas humanas e as outras realidades, os mundos alternativos que convivem com o nosso!

REGULAMENTO

1 Das inscrições
1.1 O Concurso poderá ter a participação de todo o país e também do exterior com trabalhos em
língua portuguesa.
1.2 A participação poderá ser apenas individual.
1.3 Os inscritos poderão participar nas modalidades conto, crônica e poema.
1.4 Será permitida a participação simultânea em mais de uma modalidade, com apenas um texto por modalidade.
1.5 Os trabalhos inscritos deverão ser inéditos, entendendo-se como tal o texto não impresso (em livros, revistas, etc.) nem divulgado por meios de comunicação.
1.6 Os vencedores do Concurso de 2008 não poderão participar no ano de 2009 na mesma categoria em que foram premiados.
1.7 Os trabalhos deverão ser apresentados digitados (espaço 1,5) ou datilografados (espaço 2), letra 12, em quatro vias, não devendo ultrapassar duas páginas tamanho ofício (margens de 3cm).
1.8 Os trabalhos datilografados ou digitados deverão ser encaminhados em 4 (quatro) vias,
colocadas em um envelope, no qual deverá constar apenas o pseudônimo do autor e a
modalidade escolhida.
No interior desse envelope, também deverá ser colocado outro envelope (menor), contendo:
Na parte externa: Pseudônimo; Modalidade.
No interior: Pseudônimo; Nome completo: Idade; Endereço; Telefone.
1.9 As inscrições dos interessados deverão ser feitas até o dia 22 de agosto de 2009, com a entrega dos trabalhos no Protocolo da FACCAT ou no Jornal Panorama, ou enviados aos seguintes endereços (valendo, para aceitação, a data de chegada ao destino – até 22 de agosto):
Faccat – Faculdades Integradas de Taquara (Curso de Letras), Av. Oscar Martins Rangel,
4500 - Campus FACCAT, Taquara/RS, CEP 95600-000, ou
 Jornal Panorama, Rua Rio Branco, nº 1006 – CEP: 95600-000 - Taquara-RS.
2 Da avaliação e escolha dos trabalhos
2.1 A avaliação dos trabalhos será feita em duas etapas:
2.1.1 A seleção inicial dos melhores trabalhos será feita por professores de Língua Portuguesa e
Literatura que levarão em conta: criatividade, coerência ao tema escolhido, estrutura do texto,
adequação de linguagem e correção gramatical.
2.1.2 Após essa primeira etapa, os trabalhos serão encaminhados à Comissão Julgadora Final,
formada por vencedores dos concursos anteriores, professores de Literatura da FACCAT e
representantes dos alunos do Curso de Letras e do Jornal Panorama, que apontarão os
melhores de cada modalidade, bem como o melhor texto entre os autores residentes na
região do Vale do Paranhana.
2.2 Não poderão participar pessoas que exerçam atividade remunerada junto ao Curso de Letras
da Faccat, Jornal Panorama e Fábio Brack Advogados Associados, nem seus cônjuges, pais,
filhos, irmãos.
2.3 Os Prêmios Especiais Jornal Panorama serão atribuídos ao 1º e 2º melhores textos de
autores de residência comprovada na região do Vale do Paranhana — municípios de
Taquara, Parobé, Igrejinha, Três Coroas, Rolante e Riozinho.
3 Da premiação
3.1 Serão premiados os nove (9) melhores textos do Concurso, independente da categoria em que estejam concorrendo. Os nove textos vencedores serão publicados no Jornal Panorama, e
anunciados em sessão solene dia 13/10/2009, às 19h30min, no auditório da FACCAT, quando
receberão a premiação.
3.2 Os textos vencedores receberão prêmios no valor de:
3.2.1 R$ 900,00 (novecentos reais) para o primeiro lugar.
3.2.2 R$ 700,00 (setecentos reais) para o segundo lugar.
3.2.3 R$ 500,00 (quinhentos reais) para o terceiro lugar.
3.3.4 R$ 200,00 (duzentos reais) para os colocados de quarto a nono lugares
3.3 Prêmio especial Jornal Panorama
3.3.1 R$ 600,00 (seiscentos reais) para o 1º colocado do Vale do Paranhana.
3.3.2 R$ 400,00 (quatrocentos reais) para o 2º colocado do Vale do Paranhana.
4 Das disposições gerais
4.1 Os trabalhos não serão devolvidos.
4.2 Com sua participação no concurso, obrigam-se os autores a permitir a divulgação e impressão
dos trabalhos sem ônus para os promotores do evento.
4.3 Os casos omissos do presente regulamento serão resolvidos pela Coordenação do evento.
Taquara, junho de 2009.
Inge Dienstmann Liane Filomena Muller
Jornal Panorama Coordenadora do Curso de Letras da Faccat

19º Concurso de Contos Luiz Vilela

19º Concurso de Contos Luiz Vilela

O Concurso de Contos Luiz Vilela, que homenageia com seu nome o escritor Luiz Vilela, nascido em Ituiutaba e aqui atualmente residindo, autor de vários livros, entre os quais “Tremor de Terra”, de contos, seu livro de estreia, e “Perdição”, romance, a ser em breve lançado, é uma promoção anual da Fundação Cultural de Ituiutaba, com o patrocínio da Prefeitura. Destinado a estimular a criação do conto e aberto a todos os escritores brasileiros, sejam eles inéditos ou já publicados, iniciantes ou já consagrados, o Concurso de Contos Luiz Vilela, prestes a chegar à sua 20.ª edição, é hoje, pelo valor de seu prêmio, pela qualidade de suas comissões julgadoras e pelo prestígio que confere aos seus ganhadores, o mais conhecido e disputado concurso de contos do país.

Regulamento

1 - A Fundação Cultural de Ituiutaba promove o 19.º Concurso de Contos Luiz Vilela.
2 - Do concurso poderão participar brasileiros residentes em qualquer estado da federação ou no exterior.
3 - A participação do concurso implicará na concordância automática do participante com todas as cláusulas deste regulamento.
4 - Os contos deverão ser rigorosamente inéditos.
5 - Cada pessoa poderá participar com quantos contos quiser, e não há para os contos limite de páginas nem quaisquer restrições de forma e conteúdo.
6 - É obrigatório o uso de pseudônimo, que será posto logo abaixo do título do conto e, com o título, repetido na parte externa de um envelope que acompanhará o conto e que deverá vir lacrado, trazendo em seu interior o nome do autor, endereço, e-mail, telefone e dados biográficos.
7 - Os contos deverão ser apresentados em quatro vias e digitados em corpo 13.
8 - O prazo para as inscrições termina, impreterivelmente, em 31 de agosto de 2009, valendo a data do carimbo do correio.
9 - Os contos deverão ser enviados para:
Fundação Cultural de ItuiutabaRua 20, n.° 1871Ituiutaba, MG38300-074
10 - Para julgar os contos, será formada, pela Fundação Cultural de Ituiutaba, uma comissão de três membros, escolhidos entre pessoas de notória competência na matéria.
11 - Ao autor do melhor conto será dado um prêmio, indivisível, em moeda corrente, no valor de R$ 5.000,00, importância da qual, em conformidade com a lei, será retido o percentual do Imposto de Renda.
12 - Além do conto premiado, nove outros serão selecionados, sem ordem de classificação, pela comissão julgadora, para, juntamente com o premiado, constituírem um livro.
13 - O livro com o conto premiado e os selecionados será publicado pela Fundação Cultural de Ituiutaba, no primeiro semestre de 2010, numa edição de 1.000 exemplares, com distribuição gratuita e da qual caberão a cada um dos autores e dos membros da comissão julgadora 10 exemplares.
14 - De cada autor não poderá figurar no livro mais que um conto.
15 - O resultado do concurso sairá em 1.º de dezembro de 2009 e estará, a partir desta data, disponível no site da Fundação Cultural de Ituiutaba, www.fculturalitba.com.br.
16 - A entrega do prêmio ocorrerá no dia 11 de dezembro de 2009, na sede da Fundação Cultural de Ituiutaba, devendo o ganhador vir, por sua conta, recebê-lo pessoalmente.
17 - Não haverá, em nenhuma hipótese, devolução dos contos concorrentes, os quais, findo o concurso, e com a óbvia exceção do conto premiado e dos contos selecionados, serão incinerados, juntamente com os envelopes de identificação.
18 - Poderá a comissão julgadora deixar de dar o prêmio se achar que a ele nenhum dos contos faz jus, e, neste caso, não haverá também a seleção dos nove contos e a publicação do livro.
19 - As decisões da comissão julgadora são irrecorríveis.
20 - Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Fundação Cultural de Ituiutaba.
Ituiutaba, 1.° de janeiro de 2009

M. JACKSON - INFÂNCIA INTERROMPIDA

Por Ana Lucia dos Santos

É estranho como gostamos de prodígios, principalmente quando são crianças. Por mais que venha uma leve crítica à situação deles, ficamos encantados, nos remetemos às nossas infâncias, aos nossos sonhos perdidos, para nós ou para as nossas crianças próximas. Esses fenômenos mirins nos tomam de ternura, entram em nossas casas, passam a ser nossos também.
Raramente pensamos no que estaria acontecendo com aquelas pequenas vidas.

Esse é o sentimento que Michael Jackson sempre me inspirou. A imagem da criança prodígio, linda, que naturalmente foi crescendo, transformando sua beleza. Somente há alguns anos atrás, quando assistia a um vídeo antigo em que ele cantava “Ben”, me perguntei, em voz alta: - O que fizeram com aquela criança que falava com um ratinho? O que foi feito daquele menino?

Pois é, a vida já insinuava a resposta, agora mostra mais claramente. Foi uma criança interrompida, inacabada, impedida de viver a infância. E isso dói, aperta o coração.

Vivemos a vida dos prodígios mirins que invadem as nossas casas. Da mesma forma vivemos sua morte, que também invade de forma avassaladora todas as nossas casas, as concretas e as do coração. É impossível ficarmos indiferentes, não chorarmos. Aprendemos a amar o menino que foi crescendo só no corpo. Que foi se transformando em algo racionalmente inexplicável - e nem queríamos explicações. O que queríamos era continuar a amar o que ele fazia, e continuamos. Chegamos ao êxtase com a beleza musical, a estética da dança, a alegria que produzia, a solidariedade que nutria pelas crianças do mundo, seu esforço para diminuir o sofrimento delas arrecadando dinheiro, esforço que aos meus olhos o redimia de suas excentricidades.

Choro pela criança que ele não conseguiu ser, choro por nossa alegria e deleite com alguém que sofria. Choro pelo nosso afã por um glamour que tanto alimentou a mídia. Entristeço pela nossa frágil condição humana que precisa ter e ver gente se destroçando para ter um pouco de felicidade. Penitencio-me na minha condição humana. Peço perdão. Um beijo pra você, Michael criança! Que felizes sonhos infantis o acompanhem.