Rosi Caobiano
SINISTRO CARRAPICHO
Ai que saudades! ...
Grudados como carrapichos, abraçaram-se com intensidade.
Nem poderiam imaginar que em cinco minutos estariam separados novamente.
Ouviu-se um estampido.
Sem mais nem menos, estavam ali.
Estirados ao chão.
VOLÚPIA DO CARRAPICHO
Pequeninos, porém maliciosos.
Atracam-se com qualquer um,
Então, lá vai ele novamente.
CARRAPICHO SELVAGEM
Cavalgando entre as matas, sigo pensativa. Aprecio cada detalhe. Até os carrapichos silvestres aconchegam-se a mim como se quisessem seguir ao meu lado. Mostro-me receptiva ao que me é oferecido e ofertado. Aproveito tudo como bênçãos recebidas.
Que beleza!
Nada deixo de observar e sentir. Até os pernilongos não excomungo. Fazem parte dali. Cabe a mim, dominá-los e espantá-los. Sigo em frente, o melhor ainda está por vir, tenho certeza.
Que beleza!
Busco mais, sei que a felicidade está na somatória dos pequenos prazeres. Com momentos de êxtase preencho mais uma página em meu repertório de vida.
Observo as borboletas que voam livremente. Suas cores, sua desenvoltura em desfilar.
Os carrapichos pequeninos seguem firme comigo, agarrados para não perder esta carona. Também querem apreciar cada detalhe de seu habitat.
Que beleza!
Céu azul, árvores frondosas, cachoeiras gritam sua presença. Interagem em sinergia com todo o universo. Fazem-se presentes e de um jeito simples, pedem respeito. Preservem.
Que beleza!
Ao retornar, deixo ali, meus amigos carrapichos.
Solto-os na terra molhada pelas chuvas para germinar e crescer. Deles, virão outros e deste modo, o ciclo continua.
Que beleza!
Salvem a natureza!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Exercícios a partir da palavra carrapicho
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Gostei muito ROSI, das belezas encarrapichadas no seu texto, Parabéns!
ResponderExcluirTaveira
Obrigada Taveira...este retorno é sempre um incentivo.
ResponderExcluirbjs