Fabiana Prando
Estava sonolenta no banco do passageiro do carro quando ouvi a notícia da morte súbita do ídolo pop. Michael Jackson, morto!? Sonho? Brincadeira? Sensacionalismo?
Verdade...Uma enxurrada de imagens, depoimentos e especulações desaba ao som de inesquecíveis canções... Gênio ou monstro? Qual o veredito final?
Fecho os olhos para o espetáculo e escuto um acorde há muito guardado em mim: “We are the world, we are the children...” Penso nas crianças, não naquelas das manchetes, envolvidas em suspeitas e indenizações, mas na criança que ele não foi...
Menino sem tempo para meninices, brilho lapidado à exaustão. Na Terra do Nunca, a inspiração para viver uma infância sem fim. E a vida, surpreendendo a ficção, transformou o ideal de Peter Pan num Pinóquio invertido.
Do sonho de Gepetto, o boneco de madeira virou menino de verdade. Da ambição de Joseph Jackson, o menino de verdade virou um boneco... Assistimos à morte em vida, ao talento ofuscado pelo bizarro. O humano pereceu... Uma história sem final feliz?
Não me rendo ao pessimismo, sou incapaz de matar a esperança que impulsiona meu ser. Escrevo para acender naquele que lê a chama da indignação, para que a história não se repita, para que não nos esqueçamos de quem realmente somos: humanos para sempre!
terça-feira, 7 de julho de 2009
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