quarta-feira, 26 de agosto de 2009

BATE-BOCA

Trabalho coletivo

- Monalisa, você ficou sabendo do bate boca da Dona Ester com a vizinha dela?
- Não, sobre o que foi?
- Foi sobre o rendez vous da madrugada. Uma festinha particular que fizeram.
- Desta vez não ouvi nada. Nem o bate boca, nem o rendez vous. O que elas falaram?
- Falaram que o seu marido estava lá.
- Impossível! Eu estava com ele assistindo televisão e... Ah! Não... Estava com seu irmão gêmeo. Sempre os confundo.
- E agora, o que pretende fazer?
- Não sei, pois se for tirar satisfação com meu marido vou ter que falar o que fiz esta noite com o irmão dele. É melhor contar para ele que o irmão estava lá. Assim ele não poderá se entregar.
- Que rolo, menina. Você vai envolver toda a família nessa história. Vai ver você estava com o primo dos dois, isso sim. Chapada como devia estar, nem reparou que seu marido e seu cunhado tinham se mandado. Eu hein? Te vira.
- Me virar como? O que está feito está feito mas, pensando bem, o que os olhos não vêem o coração não sente. Acho que vou deixar tudo como está.
- Pôxa, mas não tem como tapar o sol com a peneira. Depois do feito, certamente haverá frutos a serem colhidos. E se não forem tão amargos, dá até para engolir, deitar e rolar.

2 comentários:

  1. Se me permitem uma observação construtiva, há uma enxurrada de clichês e frases feitas: "O que está feito, está feito", "O que os olhos não vêem, o coração não sente", "Tapar o sol com a peneira", "Frutos a serem colhidos"...Só faltava colocar "Não adianta chorar o leite derramado". Não sou nenhum expert, mas acho que uma das regras fundamentais é evitar o comodismo de recair nos clichês e nas frases prontas. Boa sorte a todos e sucesso.

    ResponderExcluir
  2. Caro amigo: o texto foi escrito em aula, como um exercicio coletivo. Os clichês foram propositais. Mas agradecemos a atenção e o comentário.

    ResponderExcluir